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Mais NotíciasSOCORRÕES SÃO RETRATOS DO CAOS NA SAÚDE
Secretário Adjunto da SEMUS, Marcos Pacheco, atribui superlotação dos Socorrões I e II à saúde precária no interior.
Os problemas que se mostram cada vez piores nos atendimentos de urgência e emergência de São Luis não são desconhecidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS). O Secretário Adjunto de Saúde, Marcos Pacheco, informou que medidas devem ser tomadas para que a situação não fique pior.
“A principal ação que deve ser tomada é a implementação efetiva da atenção básica. É esta a falta que nos faz enfrentar essa superdemanda nos Socorrões I e II”, ressaltou.
Para o Presidente do Sindicato dos Médicos do Maranhão, Adolfo Paraiso, medidas mais urgentes podem ser tomadas. “A partir do momento em que vemos que o atendimento está falho nesses dois hospitais, é importante mobilizar outras unidades que não são de urgência para também fazer atendimentos, como apoio para os socorrões. Inclusive sugeri esta medida na ultima reunião que estivemos presentes com a SEMUS, Promotoria de Defesa da Saúde e diretoria de hospitais”, frisou.
Uma das recentes medidas adotadas para desafogar a saúde municipal foi a reativação de todos os leitos da Santa Casa de Misericórdia. Porém, para que isso realmente surta efeito, a unidade terá adaptações e recuperações físicas e estruturais.
De acordo com o Secretário Adjunto da SEMUS, Marcos Pacheco, foram destinados R$ 8 milhões para São Luís, recurso que está sendo implantado na melhoria do Socorrão I, Socorrão II e Hospital da Criança. “Estamos investindo n a parte física inicialmente, recuperando os prédios e comprando novos equipamentos. Assim que as reformas nos dois hospitais ficarem prontas, essa situação melhorará, garantiu”.
No Caso dos Socorrões I e II, um dos grandes problemas era a contratação dos médicos, que anteriormente era feita por cooperativa e agora é diretamente com a Prefeitura.
Para o Sindicato dos Médicos, a eficiência da saúde pública só acontecerá com a melhor remuneração dos médicos, pois isso incentivaria a participação dos profissionais em concursos e pela carreira na carreira na área pública. “Na verdade, isso passa pelo financiamento. Precisamos de maiores investimentos nessa área e que os médicos sejam bem pagos para que possamos sair desse problema conjuntural. O caso na saúde não tem apenas um motivo, mas vários, que resultam na crise que vemos hoje”, completou.
Divulgado no jornal O Estado do Maranhão em 09/11/2008