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SÃO LUÍS - O Sindicato dos Médicos do Estado do Maranhão -SINDMED - MA, em parceria com o Conselho Regional de Medicina -CRM-MA, enviou um ofício esta semana à Secretaria Municipal de Saúde (Semus) reivindicando melhorias nas condições de trabalho no Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I) e no Hospital Municipal Dr. Clementino Moura (Socorrão II). Foi solicitada ainda a regularização do contrato dos médicos cirurgiões, ortopedistas e anestesistas das unidades de saúde, que estão com salários atrasados. Por conta dos vários problemas detectados no hospital, alguns profissionais foram obrigados a desistir dos cargos. O sindicato quer evitar que novas demissões ocorram na unidade, o que, possivelmente, refletiria em caos na saúde pública do município.
Falta de material básico para atendimento à população, como gazes, luvas, fios, compressas, roupas de cirurgia, anestésicos, água potável e copos descartáveis, além de atraso no salário dos médicos, foram apresentados como pautas em várias reuniões realizadas pela categoria para discutir o assunto. Semana passada, a Semus foi notificada pelas más condições do Socorrão II, após inspeção realizada pela Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Saúde, em parceria com a Vigilância Sanitária do Estado. Ontem, a Promotoria receberia da Vigilância Sanitária o resultado da inspeção para detectar se os problemas emergenciais foram sanados no hospital.
Atraso
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos, Adolfo Paraíso, o atraso no pagamento dos serviços credenciados – verba repassada pelo Governo Federal-, que é uma das principais reclamações da classe, não tem justificativa plausível.
“O Município, segundo as cláusulas contratuais do Governo Federal, tem até cinco dias úteis para repassar o dinheiro aos credenciados. Não há justificativa para atraso nesse repasse, uma vez que a verba sempre está disponível em um período já previsto pelo Governo Federal”, afirmou ele. Paraíso explicou ainda que os serviços são credenciados pela secretaria quando o Município não tem equipamentos para atender à população. “Como exemplo ativo na capital, posso citar o caso da ressonância magnética, que é realizada apenas no Centro Médico, sendo credenciada pelo Município. Por este tipo de serviço prestado aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), o Município é obrigado a repassar o pagamento”, completou.
No ofício entregue à Prefeitura, a categoria também demonstrou preocupação com o sucateamento nos Socorrões. Diante da situação, há, segundo o CRM, possibilidade dos serviços de urgência e emergência serem paralisados.
A falta de condições básicas para que o serviço de atendimento aos pacientes seja efetuado de maneira segura é outro ponto negativo nos hospitais. De acordo com o sindicato, os tomógrafos e aparelhos de raio-X estão quebrados, não há kits de material para realização de exames laboratoriais, cirurgias são proteladas constantemente por falta de equipamentos e os corredores foram transformados em enfermarias, o que dificulta ou impede a assistência médica de melhor qualidade.
Fonte: O Estado do Maranhão