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01.09.2015

Seminário discute o movimento sindical versus cenário internacional

31/08/2015

Realizado em 27 e 28 de agosto, em São Paulo, o II Seminário Internacional de Integração dos Trabalhadores Universitários buscou traçar um panorama sobre o trabalho e organização sindical na América Latina e no Brics (bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O evento foi promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários Regulamentados (CNTU), na qual a FENAM é filiada.

 

Com o tema “A importância dos trabalhadores universitários no sindicalismo internacional”, o diretor adjunto do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Stanley Gacek, falou sobre a relevância das organizações sindicais. Ele destacou a precarização das condições de trabalho dos profissionais de formação universitária no mundo inteiro, com pressões por cortes nas contas públicas e um processo de comercialização que está transformando a missão do ensino superior numa missão corporativa/empresarial. “O fortalecimento das organizações sindicais de profissionais de formação universitária e a reivindicação de seus direitos no mundo é absolutamente imprescindível para a consolidação e o aprofundamento do diálogo social, um alicerce da OIT”, afirmou o diretor.

 

Boa parte da palestra foi dedicada à análise sobre o direito de liberdade sindical, previsto na Convenção 87 – a qual ainda não foi ratificada pelo Brasil, o que, segundo Gacek, não o isenta de respeitar seus princípios, enquanto estado-membro da OIT. “Um ambiente de liberdade sindical não terá muito eficácia ou significado sem isso”, destacou.

De acordo com o Secretário de Comunicação da FENAM, Jorge Darze, o seminário é uma contribuição muito importante para ampliar a visão internacional e entender a situação que o país vive. “Nenhum movimento sindical será vitorioso se tiver apenas visão interna. É preciso entender porquê está acontecendo a crise no país e como atacá-la, por isso não podemos ter uma visão única”, afirmou Darze.

 

Sobre a discussão dos programas de formação superior, Julio Gambina, professor do Instituto de Estudos e Formação da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), afirmou ser papel das categorias de nível universitário unir conhecimento profissional ao saber popular na busca de alternativas a um sistema que tem resultado em precarização das condições de vida em todo o mundo.

Durante a cerimônia de abertura, o diplomata do Ministério das Relações Exteriores, Lanier de Morais, falou da "importância do diálogo nacional e internacional para que a cooperação dos povos se faça valer e seja efetiva”. Ele colocou a rede de embaixadas do Brasil à disposição da CNTU. O presidente da entidade, Murilo Pinheiro, enfatizou: “Para a CNTU é fundamental promover esses eventos dando condições aos nossos representados para intervirem.”


Fonte: Valéria Amaral              

 

 

 

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