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24.02.2011

Forum Trabalhista/Encontro dos sindicatos que integram a Federação Nordeste de Médicos

Olinda, PE, 18 e 19/02/11.

Muito bom foi a avaliação geral dos participantes.
Estiveram presentes representantes de todos os estados nordestinos, mais representação do Amazonas, do Paraná e de São Paulo.
Resultado do trabalho integrado de duas secretarias da Fenam (Relações Trabalhistas e Relações e Formação Sindical), em conjunto com a presidência da Federação Nordeste, a reunião foi um sucesso.

Na manhã do dia 18, os participantes aprovaram o estatuto da Federação Nordeste de Médicos e o seu formato de funcionamento e financiamento. A aprovação de uma agenda comum, as reuniões mais freqüentes porém evitando superposição de eventos, a necessidade de um piso unificado, foram as deliberações de destaque, encabeçadas pela necessidade de uma grande campanha contra as privatizações e ataques ao SUS.


O Fórum trabalhista consagrou como de importância ímpar o trabalho de diagnóstico das relações de trabalho e do funcionamento sindical. O questionário foi debatido e aprovado, sendo reconhecido seu potencial de não apenas trazer informações dos sindicatos mas também de levá-las aos mesmos; sendo apontadas sugestões quanto à sua aplicação, sobretudo a necessidade de ter alguém da SRT acompanhando o seu preenchimento. Como essa é uma tarefa que requer recursos financeiros, está na agenda da Fenam para deliberação dentro do Projeto de trabalho conjunto das Secretarias de Relações Trabalhistas e de Formação Sindical. Nesse sentido, estaremos divulgando o referido projeto.


Nas apresentações locais, convergiram sobremaneira importante todos os presidentes de sindicatos presentes e o vice da Bahia: diagnóstico de realidades parecidas, evidenciando que os gestores se articulam na formulação das políticas (e até antipolíticas) sem chamar os trabalhadores; e da necessidade de um intercâmbio e organização constantes por parte dos sindicatos e movimento médico como um todo. A sensação geral é de pessimismo em relação aos trabalhadores do SUS que há 22 anos não foram contemplados com qualquer política de valorização. Nem carreira de estado, nem carreira única, nem salários, poucos concursos públicos mais em função de realidades locais, muita precarização e, agora, privatização escancarada. É o modelo introduzido por Maluf avançando sobre tudo e sobre todos.


A noite cultural despontou com a apresentação de dois dos maiores poetas repentistas (Ivanildo Vila Nova e Sebastião Dias), reconhecidos dentro e fora do país, que decantaram em versos  de improviso como é próprio ao repente, a situação do médico e da saúde e aspectos dessa conjuntura atual. Brinde, ainda, de versos de outros poetas populares presentes, com destaque para o paraibano Zé de Cazuza (81), considerado o maior poeta popular nordestino vivo.


A pauta de formação sindical foi marcada pela adequada politização das nossas discussões, com destaque para a análise de conjuntura puxada pelo Prof. Michel Zaidan, coordenador do Mestrado e Doutorado de Ciências Políticas da UFPE. Também  o bancário João Rufino, cutista com seqüela ocupacional, deu testemunho do quanto o sindicato dos médicos pode contribuir para melhorar não só a vida dos médicos, mas também a da sociedade em sua volta. Mas cada um dos palestrantes que compareceu deu um espetáculo à parte, mostrando que quem está fazendo movimento na base tem muito a ensinar.

Sem duvida, um momento importante onde pudemos perceber que ainda existe muita coisa para se aprender. O Nordeste tornou-se num espaço onde foi debatida “política” capaz de consensuar os diversos participantes de que os Sindicatos não podem agir sozinhos, sendo necessária uma articulação com outros sujeitos políticos a fim de manter e ampliar conquistas, e enfrentar  a política de privatização do SUS.


Outra constatação apresentada pelo expositor João Rufino é que nós médicos estamos cada vez mais propensos a sermos atingidos pela síndrome do trabalho excessivo “SINDROME DE BURNOUT” com conseqüências graves para nossa saúde.

 Fonte:FENAM

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